História da Carménère 🍇
A uva Carménère foi introduzida no Chile por viticultores franceses na década de 1850, numa época em que várias castas europeias eram levadas para a América do Sul.
Poucos anos depois, a Europa foi atingida por uma praga devastadora: a filoxera, que destruiu milhões de videiras. Mas a Carménère já havia cruzado o oceano — confundida com Merlot, foi plantada no Chile e sobreviveu em segredo por mais de um século.
Por muito tempo, porém, a Carménère foi confundida com a Merlot, pois as duas têm características semelhantes. Foi apenas em 1994 que o ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot identificou corretamente que muitas das vinhas chamadas de “Merlot” no Chile eram, na verdade, Carménère.
Desde então, o Chile passou a ser reconhecido como o principal produtor mundial de vinhos feitos com essa uva, considerada hoje uma das uvas emblemáticas do país.
Carménère — com acento agudo no “e” final, pois vem do francês.
Etimologia:
A palavra Carménère vem de “carmin”, que significa vermelho carmim em francês, referindo-se à cor intensa do vinho produzido com essa uva.
O clima do Chile é seco e suas condições naturais (como a Cordilheira dos Andes, o Oceano Pacífico, o deserto de Atacama e a Patagônia) criam uma espécie de “barreira natural”, dificultando a chegada de pragas e doenças comuns em outras regiões.
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